44 nal de ativar o robô. Por exemplo, quando um operário inicia uma paragem de emergência, o robô não deverá poder voltar a ser ativado automaticamente, sendo que, antes deverá necessitar de uma verificação por parte de um segundo operário. Durante o processo de configuração do projeto e da segurança, apenas se deve permitir a orientação manual caso o robô tenha parado, caso se tenha sele- cionado o modo intencionalmente e esteja ativa a monitorização de velocidade e força. Se o sistema de orientação manual se ativar sem uma ordem de para- gem ou uma entrada de segurança, deverá ser iniciada uma paragem de segurança e um erro. Para o funcionamento automático de um cobot, o ope- rário deve realizar uma seleção de modo intencional que exija a validação de todos os dispositivos e condi- ções de segurança. Para a validação, deve realizar-se uma avaliação de segurança do equipamento e das áreas circundantes, e devem resolver-se os problemas de segurança, caso seja necessário. Os grupos de serviços de segurança devem realizar uma inspeção “in situ” da segurança do equipamento, confirmar as certificações, verificar os ajustes dos parâmetros de segurança e, por fim, docu- mentar que foi concluída a validação. Considerações de segurança específicas 1. Supervisão e alimentação das máquinas Os especialistas que realizaram muitas inspeções e avaliações de segurança referem que as aplicações de supervisão e alimentação das máquinas são as que constituem um dos principais problemas de segurança do setor. Para conseguir a máxima segu- rança, os fabricantes devem utilizar uma pinça com qualificação de segurança para proteger os operá- rios contra possíveis lesões. De igual modo, devem investigar se o produto apresenta algum perigo (como calor extremo ou arestas afiadas). 2. Manipulação de materiais Entre as aplicações de manipulação de mate- riais que tiram partido da utilização de cobots incluem-se: recolha, embalamento, paletização e classificação. No que diz respeito às considerações de segurança, a ampla utilização destas aplica- ções torna-as numa solução específica de cada instalação. Os operários e outros trabalhadores costumam movimentar ou transportar outros mate- riais em redor do cobot, pelo que é necessário realizar uma planificação adicional para evitar o contacto perigoso. As pinças com qualificação de segurança são pouco comuns na atualidade: os fabricantes ten- dem a utilizar pinças pneumáticas, o que pode resultar em possíveis problemas de segurança rela- cionados com impactos e perda de potência ou de vácuo. Os criadores de aplicações também devem investigar se o produto apresenta algum perigo que possa causar problemas caso caia. 3. Montagem As aplicações de montagem que utilizam cobots implicam frequentemente ferramentas especiais e uma estreita colaboração com os operários, ao mesmo tempo que requerem zonas de funciona- mento de alta velocidade. A ampla variedade de ferramentas de final de braço personalizadas faz com que estas aplicações sejam especialmente complexas. Caso estejam envolvidos vários robôs, os criadores de aplicações devem coordenar cuidadosamente as soluções de segurança para cada um. Para as três áreas anteriores (aplicações de supervisão e alimentação de máquinas, manipulação de materiais e montagem), é muito importante verificar toda a zona ROBÓTICA COLABORATIVA