Uma estratégia de melhoria em três direções European Green Deal. Prevê ações como o financiamento de projetos verdes, nomeadamente com o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI), que desenvolvam tecnologias e soluções verdes para a descarbonização da indústria. Prevê igualmente a criação de um mecanismo de ajustamento do carbono compatível com a Organização Mundial do Comércio (OMC) e incentivar novas medidas para proteger a indústria das fugas de carbono. Fala-se também em adaptar o quadro europeu dos auxílios estatais no domínio da energia e do ambiente e em melhorar o mercado único dos produtos e serviços, dos produtos da economia circular e dos contratos públicos mais ecológicos. Reforço do mercado único. “São necessárias condições adequadas para que os empresários transformem as suas ideias em produtos e serviços reais e para que as empresas de todas as dimensões prosperem e cresçam. A UE deve aproveitar o impacto, a dimensão e a integra- ção do seu mercado único para fazer ouvir a sua voz no mundo e para estabelecer normas globais”. O documento salienta que o mercado único oferece às empresas da UE um grande mercado interno que estimula o comércio e a concorrência e aumenta a eficiência. A melhoria da sua integração e funcionamento poderia gerar um crescimento adicional em muitos seto- res, entre 183 e 269 mil milhões de euros suplementares por ano em bens manufaturados ou 338 mil milhões de euros por ano em serviços. Transição digital. Apoio ao desenvolvimento e implementação de tecnologias que impulsio- nem novas competências na indústria e nos seus trabalhadores. CONJUNTURA 22 no seu melhor quando depende daquilo que a torna forte: a sua gente e as suas ideias, os seus talentos, a sua diversidade e o seu espírito empreendedor. Isto é mais importante do que nunca à medida que a Europa embarca nas ambiciosas transições verdes e digitais, num mundo mais instável e imprevisível. A indústria europeia tem tudo o que precisa para liderar o cami- nho, e nós faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para a apoiar”. Por outro lado, o fortalecimento do próprio mercado interno da UE pode gerar em muitos setores, como a indústria transformadora, um crescimento adicional estimado entre 183 e 269 mil milhões de euros por ano em bens manufaturados ou 338 mil milhões de euros por ano em serviços, o que significaria um aumento do PIB da UE de cerca de 12%. Neste sentido, a política de concorrência é uma pedra angular do mercado único, uma vez que melhora a competitividade das empresas; contribui para a igualdade de condições de concorrência, impulsiona a inovação e oferece aos consumidores uma maior escolha. "É essencial que as regras de concorrência da UE estejam preparadas para um mundo em mudança", lê-se no comunicado. Como afirma o Comissário responsável pelo mercado interno, Thierry Breton, “a Europa tem a indústria mais forte do mundo. As nossas empresas, grandes e pequenas, dão-nos emprego, prosperidade e auto- nomia estratégica. Gerir a transição verde e digital e evitar dependências externas num novo contexto geopolítico exige uma mudança radical, e tem de começar já”. Com a sua nova estratégia industrial, a Comissão está pronta a fazer tudo o que for necessário para garantir que as empresas europeias continuem em condições de atingir os seus objetivos e de enfrentar uma concorrência global crescente