ENTREVISTA tive oportunidade de referir anteriormente. Nestes casos concretos, é impreterível que sejam colocadas à disposição das empresas medidas que apoiem e pro- movam a sua competitividade (ex: linhas de crédito de garantia mútua, redução das taxas de juro de financia- mento, alargamento do regime de lay-off simplificado, etc.), garantindo não só a sua continua laboração como a própria preservação de postos de trabalho. Por outro lado, tenho a convicção de que em todas as crises novos desafios e oportunidades surgem, e esta não será diferente. Neste contexto, entendo que a aposta na economia circular continuará a ser uma realidade, agora refor- çada pelo novo plano de ação europeu. A indústria de plástico tem reforçado e colocado em prática os seus princípios, apostanto sobretudo no ecodesign dos pro- dutos, tornando-os mais recicláveis e, por conseguinte, mais sustentáveis. A transição para uma economia circular mais do que uma opção é uma necessidade. Temos o dever de preservar os recursos, reciclando-os e reintroduzindo-os de novo na economia sob a forma de novos produtos. E a nível europeu? Podemos vir a assistir, por exemplo, a uma inversão da atual dependência europeia em relação aos países asiáticos no que diz respeito, por exemplo, a produtos de primeira necessidade como os EPIs? Creio que essa é uma expectativa que todos temos. Foi evidente que esta pandemia demonstrou a dependên- cia excessiva europeia da indústria de países terceiros, nomeadamente asiáticos, com os custos económi- cos, políticos e sobretudo ecológicos, em que essa mesma dependência se traduz. Naturalmente, a União Europeia terá que refletir sobre estes mesmos assuntos e assumir uma posição de autossuficiência inequívoca. Os desafios que vamos enfrentar no futuro próximo não terão paralelo com os desafios do passado recente. Os níveis de exigência técnica e tecnológica serão leva- dos ao seu mais alto patamar e só uma adaptação da legislação a este novo paradigma poderá catapultar a indústria europeia para esse objetivo. O Plastic Summit de 2019 conseguiu um número de par- ticipantes recorde [em relação ao antigo Seminário de Plásticos]. Para quando podemos esperar a próxima edição? Sim, é verdade! A primeira edição do Plastics Summit, realizada em setembro de 2019, foi um sucesso reconhecido pela generalidade, onde reu- nimos todos os agentes que fazem parte da cadeia de valor dos plásticos, lançando assim as bases para um futuro sustentável, baseado na valorização do material. Naturalmente que era nossa intenção realizar a 2.a edição deste evento, o maior do setor dos plásticos em Portugal, no último trimestre deste ano. No entanto e em face à evolução da pandemia, entendemos como medida preventiva reagendar a sua realização para uma altura em que esperamos que estejam reunidas as condições ideais. • 19 universal-robots.com/pt/webinars