ENTREVISTA A APIP tem uma longa história ao serviço da indústria de plásticos portuguesa. Fale-nos um pouco do trabalho de- senvolvido pela associação ao longo dos anos. De facto, assim é! A APIP é a associação de referên- cia da indústria dos plásticos em Portugal. Ao longo de 45 anos de atividade tem procurado corporizar as diversas empresas que constituem o setor, de natureza bastante heterogénea, naquilo que lhes é comum, que é o processamento e distribuição de materiais polimé- ricos, defendendo os seus interesses. À semelhança de qualquer outro setor, também a indústria de plásticos evoluiu de forma significativa, registando, nos últimos anos uma assinalável progres- são tecnológica. O setor dos plásticos tem, hoje, uma importância extrema para a economia nacional, sendo formado por cerca de 1.000 empresas, essencialmente PME’s, que empregam mais de 24.400 trabalhadores, gerando um volume de negócios na ordem dos 5 mil milhões de euros, o que se traduz em 2,5% do PIB nacional. A razão da existência de qualquer associação reside nos seus associados e é nesta linha de pensamento que a APIP tem desenvolvido a sua atividade, onde se destacam algumas áreas consideradas ‘core’, como sejam: • Prestar informação sobre as áreas legislativa e regu- lamentar, nacional e comunitária, bem como as tendências e estratégias europeias que possam ter impacto sobre o setor, posicionando-se e atuando em defesa dos seus interesses; • Apoio e pareceres específicos sobre questões de índole jurídico-laboral, no contexto do contrato cole- tivo de trabalho da indústria química, pelo qual se rege o nosso setor; • Fornecerinformaçãotécnicadeacordocomasdiver- sas áreas que constituem o setor, hoje representadas por cada uma das vice-presidências que constituem a direção da APIP; • A atividade ligada à área da normalização do setor, conferindo uma indispensável ferramenta técnica às empresas para a garantia da qualidade, segurança e adequação à função dos seus produtos, a qual atua igualmente como um vetor que promove a circulari- dade e sustentabilidade dos plásticos; • Paulatinamente, a APIP tem procurado retomar a área da formação, estando atualmente em processo de certificação enquanto entidade formadora, a fim de poder dispor de uma oferta formativa indo de encontro às necessidades dos seus associados e outras partes interessadas; • Por último, de destacar a organização de eventos, em particular o evento anual do setor, hoje sob a forma e designação de um Plastics Summit, onde se procura dinamizar a indústria dos plásticos, trazendo a debate os temas que estão na ordem do dia e que são de interesse comum. A atual direção da APIP foi eleita em 2019. Que balanço faz deste primeiro ano e que objetivos foram alcançados até agora? Foi um primeiro ano com mudanças importantes, que nos permitem fazer um balanço muito positivo do tra- balho realizado, assentes num novo posicionamento estratégico. Desde logo, a concretização de uma série de objetivos que visaram dotar a APIP de valências, de modo a estar preparada para enfrentar os desafios atuais e futuros: o aumento crescente do número de Associados; o incremento de contactos e reuniões com organismos governamentais, associações indus- triais, universidades, ONGs e outras entidades a nível nacional e europeu; a participação nos principais eventos relacionados com a cadeia de valor do plás- tico; a presença mediática da APIP na imprensa e redes sociais; e a renovação da imagem da APIP. De destacar ainda a organização e realização do Plastics Summit, a definição de uma nova identidade e imagem, e o lançamento de uma importante ini- ciativa setorial liderada pela APIP: o Pacto Nacional da Indústria dos Plásticos para a Economia Circular e Sustentabilidade, apoiado institucionalmente pela APA e DGAE, e do qual constam um conjunto de ações que permitirão ao setor dar o seu contributo no que concerne à preservação do ambiente e eficiência dos recursos. Temos o dever de preservar os recursos, reciclando-os e reintroduzindo-os de novo na economia sob a forma de novos produtos 15