AMI organiza conferência dedicada aos desafios e oportunidades na cadeia de abastecimento de polímeros Forças perturbadoras, riscos e incertezas estão a definir as atuais perspetivas da indústria de polímeros. Espera-se que a disputa comercial entre os EUA e a China continue a causar imprevisibilidade na procura de produtos químicos, enquanto que a expansão da capacidade de produção nos EUA aumenta a pressão sobre as margens. Por outro lado, a tendência para a economia circular e para a sustentabilidade obrigam, cada vez mais, os players ao longo de toda a cadeia de abastecimento a adaptar os seus investimentos estratégicos e a aumentar o seu desempenho de curto prazo. A conferência ‘Polymer Sourcing & Distribution’, organizada pela AMI entre 12 e 14 de maio em Hamburgo, pretende analisar as tendências globais e regionais em termos de fornecimento e distribuição de polímeros. As apresentações previstas incluem temas relacionados com matérias-pri- mas, incluindo um foco no mercado de poliolefinas do Médio Oriente, na dinâmica de distribuição na Rússia e no impacto das novas regulamentações no mercado europeu. A conferência também incluirá assuntos relacionados com polímeros reciclados, economia circular, comércio ele- trónico e digitalização de plataformas de venda. O evento começa com um cocktail de networking, seguido de dois dias de apresentações facultadas pelos principais intervenientes da indústria, incluindo a Elix Polímeros, Ineos Styrolution, Vinmar International, Biesterfeld Plastic, Interpolimeri, PRS Return System, Plasticfinder, Polymermarketplace, Plastribution e muitos mais. Poderá solicitar mais informações sobre o evento através do email maud.holbrook@ami.international. editorial Bons exemplos O foco global nas alterações climáticas e na poluição dos mares tem vindo a aumentar a pressão sobre a indústria de plásticos. Um pouco por todo o mundo o setor reage com a implementação de medidas que respondem a ambos os desafios. No entanto, a pressão sobre a indústria carece de alguma lógica e bom senso. Aumentar a reciclagem de todos os materiais plásticos e a incorporação de reciclado em novos produtos só é possível se todos os agentes trabalharem nesse sentido. Incluindo o poder político. A implementação de medidas como o aumento do preço da deposição de resíduos em aterro, previsto para breve, é essencial e peca por tardia. Mas ficam a faltar outras, que promovam o aumento da recolha seletiva ou que imponham valores mínimos para a integração de reciclado em novos produtos. Estes e outros aspetos foram debatidos durante a apresentação do Pacto Português para os Plásticos, assinado no início de fevereiro por cerca de 55 entidades e empresas de vários pontos da cadeia de valor. Com este documento, Portugal assume o compromisso de promover a transição para uma efetiva economia circular dos plásticos. Na página 16 contamos-lhe o essencial sobre o evento. Neste número, damos-lhe ainda conta de alguns bons exemplos de investimento nesta área. Desde projetos que prometem aumentar a reciclagem de peças de veículos em fim de vida até ao caso concreto de uma empresa nacional que já está a integrar reciclado proveniente de plástico marítimo na produção de utilidades domésticas. A impressão 3D, que até há pouco tempo era considerada apenas para a produção de protótipos, está a ganhar terreno na indústria e pode, dizem os especialistas, ser também uma preciosa ajuda na luta pela sustentabilidade. As tecnologias aditivas permitem produzir peças muito mais leves que os processos tradicionais, o que resulta numa significativa poupança de material e na redução efetiva da pegada de carbono. Em Portugal, realiza-se este ano a primeira feira exclusivamente dedicada à fabricação aditiva. A 3D Additive Expo vai ter lugar na Exposalão, Batalha, e a InterPLAST vai lá estar. Por isso, dedicámos várias páginas deste número ao tema. A impressão 3D veio para ficar e pode contar com mais artigos sobre o assunto nas próximas edições. Boa leitura e que 2020 seja um ano de bons negócios para todos! 5 04