Em Portugal, a tecnologia para fabrico de peças em ligas de alumínio mais praticada é a fundição injetada e existem várias empresas especializadas na produção de componentes automóveis para motores de combustão, transmissão e chassis por esta tecnologia AUTOMÓVEL 16 e existem várias empresas especializadas na pro- dução de componentes automóveis para motores de combustão, transmissão e chassis por esta tecnologia. No entanto, estas evidenciam ainda quer a necessidade de desenvolvimentos cien- tífico-tecnológicos, quer a necessidade de elevados investimentos em linha com as atuais necessida- des/requisitos de mercado para a produção de peças estruturais. Considerando as mudanças que se avizi- nham – como a procura por peças com longos canais de refrigeração para refrigeração interna de compo- nentes - os avanços ao nível destas tecnologias serão essenciais. Destaquemos, por exemplo, as técnicas de vazamento de baixa pressão com ou sem contrapressão. Esta técnica permite produzir peças híbridas, com reforço estrutural ou com canais de refrigeração complexos através de machos em areia obtidos por impressão 3D. A injeção de alta pressão de ligas de alumínio sobre tubagens de aço inox - usadas em caixas de baterias, cárteres de motores elétricos e caixas de eletrónica de potência refrigerados a água para automóveis híbri- dos e elétricos - normalmente provoca o colapso dos tubos na fase de compactação do processo de fundi- ção injetada ou a destruição de machos complexos. A baixa pressão com ou sem contra pressão, no entanto, afigura-se como uma alternativa para estes tipos de peças e poderá vir a ser uma solução tecnológica complementar, para as empresas que processam alu- mínio por injeção, ou uma oportunidade para as que já processam alumínio por vazamento em coquilha e até mesmo vazamento em moldação de areia. Da mesma forma, esta técnica pode ser usada na produção de peças complexas com reforço estrutu- ral interno, produzido por técnicas de fabrico aditivo, mantendo a integridade do reforço e seu correto posi- cionamento no interior do componente. Transformação tecnológica é cada vez mais inadiável O mundo está a mudar e o setor dos transportes também, exigindo das empresas a capacidade de adaptação a novas realidades. Razão pela qual temos vindo a acompanhar estas tendências e a reforçar capacidades, nomeadamente no que respeita a tecno- logias de fundição, com especial foco na monitorização e controlo dos processos, simulação computacional como apoio ao fabrico de ferramentas e otimização do time-to-market, bem como no desenvolvimento e oti- mização do processo até em ligas não convencionais e ainda desenvolvimento de soluções de otimização topológica e ou estrutural de componentes. Incorporar novos processos e tecnologias numa linha de produção existente não é fácil. A nossa experiência em processos avançados de fabrico e no desenho e desen- volvimento de estratégias tecnológicas permite-nos, no entanto, afirmar que não só é possível fazê-lo, reduzindo os riscos inerentes à mudança, como é essencial para responder às novas exigências da indústria automóvel (e do ambiente). A maximização de eficiência e eletri- ficação dos automóveis é cada vez mais ubíqua, e as empresas não podem ficar para trás. • C M Y CM MY CY CMY K