Sustentabilidade e eficiência são os grandes objetivos Estas mudanças, associadas à crescente maximização da eficiência e sustentabilidade através da utilização de materiais leves eeletrificação da propulsão,sus- citam uma alteraçãona tipologia decomponentes necessários, para os quais a indústria terá de se adap- tar a médio/longo prazo. Estas novas peças de eletrónica de potência depen- dem da aplicação de novas tecnologias, essenciais para cumprir asnecessidades e especificações de novos produtos e materiais. Por exemplo,compo- nentes estruturais em alumínio,peças de elevada eficiência térmica (caixas para eletrónica de potência refrigeradas, carcaças de motores com canais inter- nos complexos, caixas de baterias com tubagens em inox, etc.). A mobilidade elétrica também exige repensar os processos envolvidos na produção destas peças. A elevada complexidade de produção das peças supracitadas impede a execução por processos ditos convencionais que, apesar de continuarem a ser res- posta para o fabrico da maior parte das peças técnicas, serão complementados por processos como o HPDC (High Pressure Die Casting), LPC (Low Pressure Casting) e o CPC (Counter Presure Die Casting), que terão um papel vital na resposta aos próximos desafios da indús- tria metalúrgica. Esta tendência é já visível atualmente com um aumento significativo do número de componentes estruturais de automóveis de última geração feito com ligas leves de alumínio em detrimento dos aços, em parte devido ao seu papel na economia circular. Apesar dos grandes avanços no desenvolvimento de aços de alta resistência, verifica-se que grandes peças com muitos componentes fabricadas por conformação plástica e soldadura em aço, são agora substituídas por grandes peças injetadas em alumínio (injeção assistida por vácuo) e por processos de vazamento em baixa pressão, com contrapressão e até mesmo por gravidade. Métodos preferíveis para diminuir o peso e o número de operações de fabrico. Fabricantes de componentes de automóveis em Portugal terão de se adaptar à nova realidade É possível antecipar que muitos dos produtos produzi- dos atualmente pelas empresas do setor vão diminuir drasticamente, ou até mesmo desaparecer num prazo de 5 a 10 anos, em detrimento de novas famílias de componentes. Crê-se também que parte dos pro- cessos de fabrico possam ter de ser completamente alterados, substituídos ou adaptados para a nova reali- dade dos automóveis híbridos e elétricos. Em Portugal, a tecnologia para fabrico de peças em ligas de alumínio mais praticada é a fundição injetada AUTOMÓVEL 15