ENTREVISTA 12 Nas atuais instalações, com cerca de 20.000m2 de área coberta, a AMOB conta com equipamentos produtivos de alta tecnologia. Quais são os principais mercados de destino das vossas máquinas? O mercado ibérico é muito relevante para a AMOB, foi por onde começamos há sessenta anos e nunca perdemos o foco de aí estar com toda a nossa dedi- cação. Com o passar dos anos, fomos entrando pouco a pouco noutros países como Reino Unido, República Checa, Polónia, Rússia, Itália, França. Nos últimos anos temos verificado uma crescente evolução nos EUA, que é, sem dúvida, um mercado com um potencial gigante. E quais são os principais setores cliente? Felizmente, a AMOB está muito bem distribuída em geografia e em setores. Não dependemos apenas de um ou dois setores, e orgulha-nos saber que as nos- sas máquinas são utilizadas em praticamente todos os setores existentes. Pegando no abecedário e percor- rendo todas as letras, conseguia sem dúvida enumerar pelo menos um setor por letra. Assim, podemos dizer que as nossas máquinas são transversais a todos os setores, automóvel, naval, aeroespacial, mobiliário metálico, construção civil e estruturas metálicas, entre outros. Algum desses setores ganhou especial peso nos últimos anos? Talvez o automóvel, pois é um setor que exige muita capacidade e muita tecnologia, aspetos em que a AMOB apostou bastante nos últimos anos. Quantas pessoas emprega a AMOB neste momento? Atualmente empregamos cerca de 160 pessoas. A pandemia de Covid-19 está a afetar a vossa atividade? De que forma? Felizmente, estamos a ser pouco afetados face àquilo que verificamos ao nosso redor, tanto em empresas portuguesas como em empresas no resto do mundo. O facto de produzirmos um variado leque de produ- tos, de vendermos para tantos países e ainda para tantos setores diferentes, tem-nos permitido manter a nossa atividade praticamente ao mesmo ritmo. Antes da pandemia, já a maioria dos fabricantes euro- peus de máquinas-ferramentas registavam quebras nas encomendas, resultado do abrandamento da indústria automóvel e de fatores geopolíticos, como o Brexit ou a guerra comercial entre a China e os EUA. A AMOB tam- bém sentiu essa quebra? Uma vez mais, passamos ao lado das consequências de todos esses fatores, o que nos permitiu fechar 2019 com resultados muito positivos. Em termos tecnológicos, de que forma evoluíram os vos- sos equipamentos nos últimos anos? Na AMOB, existe uma forte preocupação na constante atualização dos nossos produtos utilizando tecnologia de ponta. Desta forma, temos investido nos últimos anos principalmente nas máquinas 100% elétricas, que, como muitos outros modelos, estão em perma-