Novos materiais metálicos em pó para o setor industrial O centro tecnológico Eurecat de Barcelona, Espanha, coordena o projeto FAMPAI que pretende desenvolver e produzir novos materiais em pó metálicos, intermetálicos e cerâmicos para aplicações industriais. No âmbito do projeto, "a Unidade de Modelagem e Simulação da Eurecat desenvolverá novas técnicas de fabricação de pós metálicos, enquanto a Unidade de Novos Processos de Fabricação desenvolverá tecnologias de esferoidização para partículas de pó cerâmico", explica o coordenador do projeto, Jordi Pijuan. "As melhorias introduzidas nos métodos de fabricação e no pro- cessamento deste pó buscam melhorar o atual estado da arte para abrir novos caminhos e novos mercados", afirma o diretor da Unidade de Modelagem e Simulação da Eurecat, Ricardo Hernández. Nas palavras do diretor da Unidade de Novos Processos de Fabrico da Eurecat, Raffaele Caminati, "os materiais e processos são tratados para dois campos diferentes de fabrico industrial", como é o caso da conformação de "peças através da metalurgia do pó e do tratamento de superfícies, de modo a proporcionar-lhes funcionalidades adicionais através de revestimentos depositados por projeção". 03 8 INEGI cria braço 'elástico' em compósito para satélites Respondendo a uma necessidade identificada pela Agência Espacial Europeia (ESA - European Space Agency, em inglês), o INEGI desenvolveu um braço em material compósito, ultraleve e de baixo custo, que funciona como uma espécie de dobradiça 'elástico'. O componente será aplicado em futuras missões espaciais focadas nas telecomunicações. O desafio era claro, mas difícil de alcançar: desenvolver uma estrutura que funcionasse como uma mola, em que a energia elástica arma- zenada pelo material, ao efetuar o fecho em terra, pudesse ser utilizada para promover a sua abertura em órbita. Este novo componente em compósito será uma alternativa aos atuais braços, articulados através de mecanismos metálicos, difíceis de montar e de integrar, e que representam um peso acrescido na estrutura do satélite. Após dois anos de trabalho, o projeto COMETH está agora a entrar na sua fase final. “Foram já produzidas e testadas com sucesso duas amostras com geometrias distintas, recorrendo a ferramentas desenvolvidas para o efeito, e o próximo passo será a criação de um protótipo à escala real, em parceria com o grupo Sonaca”, avança Ricardo Pinto, responsável pelo projeto no INEGI. A nova “dobradiça elástica self-deployable” será ainda submetida a testes com uma carga útil representativa, num ambiente controlado. Ao INEGI, como entidade diretamente contratada pela ESA para este projeto, coube grande parte do trabalho de desenvolvimento do novo componente, desde conceitos preliminares e design do componente, com recurso a simulação computacional avançada, à otimização do processo de fabrico, passando pelo desenvolvimento de componentes e ferramentas para testes laboratoriais. Cefamol divulga relatório anual de análise do setor A Cefamol, Associação Nacional da Indústria de Moldes, divulgou em setembro o seu relatório anual de análise do setor, onde revelou que, em 2018, a produção de moldes em Portugal atingiu o valor de 796 milhões de euros. A maior parte deste montante corresponde a vendas para o exterior. A análise da evolução da balança comercial do setor nos últimos anos demonstra a forte vocação exportadora deste setor. O saldo da balança comercial registou uma tendência de crescimento nos anos em questão, tendo passado de 248 milhões de euros em 2010, para 668 milhões de euros em 2018. Portugal continua a ocupar um lugar de destaque entre os principais fabricantes de moldes a nível mundial (8o no mundo, 3o na Europa), exportando cerca 85% da produção total para mercados como a Alemanha, Espanha, França, República Checa, EUA e Polónia. Atualmente, o setor é constituído por 540 empresas, maioritariamente de pequena e média dimensão (PME). Emprega aproximadamente 11 000 trabalhadores, com uma distribuição geográfica centrada nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis.