AUTOMÓVEL As aparas produzidas durante a maquinação com Quantidade Mínima de Lubrificação (MQL) são virtualmente livres de resíduos e podem ser recicladas diretamente. Foto: Bielomatik Leuze. Durante o processo de maquinação, são geradas temperaturas muito elevadas, na área de corte. Os lubrificantes refrigerantes reduzem a fricção, proporcionam arrefecimento (mas também podem causar choques térmicos destrutivos) e ajudam a eliminar as aparas. Na passagem do milénio, alguns especialistas previram que a maquinação a seco viria a substituir o processo tradicional. Vamos avaliar a situação atual. Em que áreas e até que ponto foi implemen- tado este processo, ou outro, com uma quantidade mínima de lubrificação, como a maquinação quase seca? Neste relatório técnico dividido em duas partes, fabricantes de sistemas de lubrificação, forne- cedores de máquinas e ferramentas e cientistas fornecem uma avaliação abrangente a partir de várias perspetivas e identificam as vantagens e desvantagens das respetivas tecnologias. Particularmente relevante para a maquinação em série “O principal campo de aplicação para a lubrificação de quantidade mínima é a maquinação de peças protótipo, como as encontradas na produção em série, em larga escala, na indústria auto- móvel, especialmente nas cadeias cinemáticas. As peças vão desde a cabeça e o bloco do motor até à cambota, árvore de cames, biela, caixa de velocidades e suporte de rodas, etc.”, diz Jürgen Keppler do departamento técnico de vendas da bielomatik Leuze GmbH + Co. KG. A empresa alemã é especialista no desenvolvimento e fabricação de sistemas MQL de alta qualidade. "Outras aplicações industriais incluem a maquinação de componentes cúbicos e de peças fundidas de engenharia mecânica, como acessórios, carcaças de bombas ou válvulas. É um processo também muito vantajoso para a indústria aeronáutica, pois permite a maquinação de componentes com- plexos sem os inundar com emulsão”. 45 Existem muitos exemplos bem-sucedidos do uso da maquinação a seco. No entanto, ainda não existem substitutos absolutos para os conceitos clássicos de lubrificantes refrigerantes. Foto: ISF.