Microplásticos encontrados pela primeira vez em pinguins na Antártida Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) encontrou, pela primeira vez, microplásticos em pinguins da Antártida. Uma equipa de investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) encontrou, pela primeira vez, microplás- ticos em pinguins da Antártida, confirmando que este tipo de poluição já entrou na cadeia alimentar marinha. Ao analisarem a dieta de pinguins gentoo Pygocelis papua em duas regiões da Antártida, os investigado- res observaram que 20% das 80 amostras de fezes das aves continham microplásticos (partículas de plástico menores que 5mm de comprimento) de diversas tipologias, formas e cores, o que indica uma grande variedade de possíveis fontes destes microplásticos. A poluição marinha por plásticos é reconhecida- mente uma ameaça aos oceanos em todo o mundo mas só recentemente tem havido um aumento do esforço científico sobre microplásticos. Em zonas mais remotas do planeta, como a Antártida, espe- rava-se que a presença de microplásticos fosse muito reduzida, embora estudos recentes já tenham encontrado microplásticos em sedimentos e nas águas do Oceano Antártico. Novo Verde e Câmara de Mafra lançam projeto-piloto de recolha de embalagens de plástico na Malveira A Novo Verde, a Câmara de Mafra e a Tratolixo apresentaram, no âmbito do protocolo de cooperação assinado, uma campanha para promover comportamentos sustentáveis nos consumidores, escolhendo a loja Pingo Doce da Malveira como espaço piloto para o efeito. Desde 1 de outubro, todos os clientes desta superfície comercial na Malveira poderão participar ativamente no processo de reciclagem e entregar as suas garrafas de plástico PET de bebidas e refrigerantes, recebendo vales de 0,02€ ou 0,05€, a utilizar nas suas compras. Esta iniciativa enquadra-se no conjunto de medidas e metas gerais da União Europeia em matéria de gestão dos resíduos, bem como a Estratégia Europeia para os Plásticos, em que todas as embalagens deste material, colocadas no mercado da União Europeia, deverão ser reutilizáveis ou facilmente recicláveis, até 2030 (Portaria n.o 202/2019, de 3 de julho). As garrafas de plástico de bebidas, enquanto produtos de plástico de utilização única, deverão ser alvo de siste- mas de reembolso ou outras medidas com impacto direto positivo na taxa de recolha, logo, na qualidade do material recolhido e dos materiais reciclados. Até 31 de dezembro deste ano, deverão ser implementados mecanismos de incentivo à devolução de embalagens de bebi- das em plástico não reutilizáveis, para identificar possíveis alterações a considerar no futuro, fomentando a maximização da circularidade dos materiais recuperados a incorporar no processo de fabrico de novas garrafas de bebidas. Coca Cola apresentou a primeira garrafa no mundo produzida através de lixo marinho A Coca-Cola apresentou, recentemente, a primeira garrafa no mundo fabricada com plástico reciclado proveniente de lixo marinho recolhido através dos “Mares Circulares”. De acordo com a marca, trata-se de «um ambicioso projeto de sensibilização para a problemática do lixo marinho com intervenção em limpeza de costas, praias e fundos marinhos que tem implementado em Portugal e Espanha». Esta inovação é a «prova» de que até o plástico mais degradado do fundo do mar poderá ser «transformado em novas garrafas para uso alimentar», acrescenta a marca em comunicado. Graças ao trabalho conjunto desenvolvido pela Ioniqa Technologies, pela Indorama Ventures, pelo projeto “Mares Circulares” e pela Coca-Cola, conseguiu-se fabricar cerca de «300 garrafas utilizando 25% de plástico reciclado», proveniente de praias e fundos marinhos de Portugal e Espanha. Estas garrafas demonstram a capacidade das inovadoras e revolucionárias técnicas de reciclagem que permitiram transformar um plástico PET muito degradado em matéria prima de alta qualidade. São, assim, as primeiras garrafas no mundo fabricadas com material proveniente de plástico marinho e aptas para serem utilizadas em alimentação e bebidas. O anúncio deste importante avanço tecnológico foi feito, em outubro, em Londres durante uma jornada em que a Coca-Cola reforçou os seus compromissos e anunciou novos objetivos relativamente a embalagens para a Europa Ocidental. DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS | BREVES AMBIENTE 86