DOSSIER AMBIENTE E ENERGIAS RENOVÁVEIS 78 Smart Cities: a oportunidade de renovar todo o parque de iluminação pública “O Futuro da Energia nas Smart Cities” foi o tema em debate a 1 de outubro, na Fundação Cidade de Lisboa. A organização do evento, a cargo da Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais (APEMETA) juntou especialistas do setor que analisaram as problemáticas atuais que se colocam à vida nas (e das) cidades. Sustentabilidade, neutralidade carbónica, redução de consumos de energia e de emissões são prioridades unânimes e urgentes. De acordo com os oradores, o futuro do planeta passa igualmente por termos cada vez mais cidades inteligentes e livres de carbono. Reportagem e Fotos: Ana Clara ARevista O Instalador, media partner da conferência, assis- tiu ao debate durante a manhã, e ouviu vários oradores que convergiram num ponto: o problema das alterações climáticas é grave e é urgente tomar medidas que minimizem os impactos no Planeta. Na sessão de abertura, Carlos Iglézias, presidente da direção da APEMETA, realçou que «o mercado da energia está em mudança». «As novas tecnologias e os modelos de negócio colocam as Smart Cities no centro dos ecossistemas que promovem impactos positi- vos na gestão de energia», lembrou, acrescentando que são, pois, estes «os pressupostos para esta conferência». Acrescentou tam- bém a necessidade de termos cada vez mais «eficiência e uso dos recursos de forma sustentável». A plataforma AYR Catarina Selada, do Ceiia - Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel, abordou os desafios para as cidades e deu a conhecer a plataforma AYR - valorização das emissões evitadas. Entre os maiores desafios que enfrentamos, disse, «estão as alte- rações climáticas, a descarbonização das cidades, mas também a pobreza e as desigualdades sociais». A responsável recordou um relatório recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em virtude das alterações climáticas, que coloca a nu um problema social e global grave: «vamos ter em 2030, mais de 100 milhões de pobres».