REPORTAGEM | XXI SIMPÓSIO LUSO-ALEMÃO DE ENERGIA 2019 A Alemanha é hoje um dos países europeus pioneiros em medidas e tecnologias de eficiência energética e renováveis, com vasta experiência no tecido industrial As empresas que apostam em Portugal Ao todo foram sete as empresas alemãs que apresentaram as suas tecnologias, bem como possíveis domínios de cooperação com empresas portuguesas. Damos destaque, nesta reporta- gem, a algumas. No primeiro painel, com o tema "O contributo das tecnologias solares para o setor da indústria", Thomas Weile, Diretor de Vendas Internacional da Centroplan GmbH, começou por dizer que Portugal é um país de oportunidades neste setor, «com muito sol e onde o mercado solar é sólido». Na apresentação da empresa, explicou que serviços dispõem, nomeadamente ao nível de coberturas solares fiáveis. «Na Centroplan podemos ajudar-vos a explorar a cobertura, desde a proteção contra intempéries à produção de energia. Não importa se é o proprietário, investidor ou utilizador do edifício. Através da nossa rede de competências, temos sempre a solução para as vossas necessidades», realçou, acrescentando que a empresa que lidera presta aconselhamento desde o início do projeto, entregando coberturas "chave-na-mão". «Também reparamos e fazemos manutenção do sistema FV e podemos oferecer um vasto pacote de garantias sobre os serviços e materiais utilizados». O responsável aludiu ainda à parceria que a Centroplan tem com a Sika em Portugal, nomeadamente em sistemas para todo o tipo de coberturas, existentes e novas, e soluções com mem- branas sintéticas e membranas líquidas de impermeabilização. «Sendo a Sika um parceiro solar experiente, é possível contarem também com aplicadores especializados em instalações solares, aplicadores especializados na impermeabilização de coberturas, fornecedores de sistemas solares especializados e aplicadores de sistemas solares especializados». Por fim referiu que «o fotovol- taico em Portugal é muito rentável», adiantando que a marca irá abrir escritório no nosso país no final do ano. Erich Merkle, General Manager da GridParity AG, referiu que a produção de energia a partir do fotovoltaico tem hoje «cus- 69 «Aindústria transformadora em Portugal é res- ponsável por quase um terço do consumo total energético português. Como os preços de energia se encontram normalmente acima da média europeia, as empresas industriais exportadoras têm de abdicar de uma elevada percentagem das suas margens comer- ciais para serem competitivas a nível internacional», realça a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã (CCILA), entidade que organizou este Simpósio. Existem ainda importantes hipóteses de poupança, seja pelo aumento de medidas de eficiência energética ou mediante a utilização de energias renováveis. Sol, vento, água e biomassa, recursos naturais existentes em Portugal e ainda não inteira- mente explorados, apresentam um elevado potencial económico e ecológico. Para o efeito, o Estado português criou um quadro de política energética para a promoção de investimentos, sendo o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) ou a legislação sobre o autoconsumo peças chave neste contexto. «Existe, portanto, a necessidade de as empresas portuguesas investirem em soluções energeticamente eficientes bem como em tecnologias com base nas energias renováveis para diminuir os custos resultantes e contribuir para a sustentabilidade. Por sua vez, a Alemanha é hoje um dos países europeus pioneiros em medidas e tecnologias de eficiência energética e de energias renováveis, com vasta expe- riência no tecido industrial», salienta a CCILA. A sessão de abertura do evento esteve a cargo de Hans-Joachim Bohmer, Diretor Executivo da CCILA, que considerou de «extrema importância o evento» pelas oportunidades de negócio para as empresas alemãs em Portugal. «Desejo, sinceramente, que daqui possam resultar parcerias de negócio relevantes. Portugal é cada vez mais um mercado atrativo na indústria bem como na área das renováveis», disse.