REPORTAGEM | BIM 54 O representante da NOZ Arquitectos lembrou também os quatro eixos do modelo: • 4D Planeamento; • 5D Custos; • 6D Sustentabilidade; • 7D Operação. Rui Dias, questionado no período de debate sobre as mais-valias do BIM, respondeu, dizendo que o BIM mais não é que «uma base de dados, com a inclusão permanente de informação». «Este software trabalha dentro de um conceito muito próprio. A questão que se coloca aqui é a interoperabilidade destes sof- twares. O objetivo é criar uma base de dados, entre diversas aplicações, que trabalham dentro deste conceito. Refiro também que o arquiteto ou engenheiro não tem que colocar dentro do modelo toda a informação, pode apenas falar por exemplo de uma parede, mas acaba por ser um desperdício porque não se tira partido que o conceito oferece: e que é precisamente introduzir num modelo tridimensional informação», explicou. Rui Dias não tem dúvidas de que estamos numa fase de «mudança de paradigma». E explicou porquê: «a indústria da Construção padece de uma enorme inércia, ou seja, qualquer alteração demora tempo. Há vários intervenientes com níveis de qualificação e experiência muito distintas. Esta alteração vai-se fazendo, aos poucos, em Portugal. O importante é ter cada vez mais um cliente final infor- mado e percebermos a mais valia de trabalhar em BIM. A tomada de decisões pode ser feita de forma mais rápida e informada». Exemplos concretos Fernando Melo Rodrigues, do IPG, centrou a sua comunicação na apresentação de exemplos concretos da aplicação do BIM às especialidades técnicas, procedendo a demonstrações deta- lhadas de projeto executado com recurso a esta ferramenta inovadora que é o BIM. Referiu também a importância do BIM nos projetos de especialidades. Sendo que falamos de modelação digital, partilhada em platafor- mas a que os intervenientes podem aceder, a probabilidade de errar é menor. Mas tal não significa que deixe de haver erros. O responsável salienta que no caso de Portugal «vamos demorar algum tempo a chegar a patamares» onde já estão outros países da Europa, nomeadamente Holanda, Reino Unido (onde, desde 2016, há a obrigação de utilização do BIM no setor público) e Holanda, para podermos chegarmos a esta metodologia, em que para haver concurso público é obrigatório ter BIM, exatamente para antecipar os problemas e dissabores nas obras públicas. C Vamos lá chegar, resta saber quando». O projetista acredita que o BIM tem de agregar todo o setor da modelo funcione o melhor possível e retiremos partido dele», vincou. A conferência, organizada pela Associação KNX Portugal, acon- teceu no âmbito do Ciclo “Mundo 4.0: Cidades Inteligentes e Sustentáveis”, numa organização conjunta com a ROCA. O objetivo destes eventos passar por dar a conhecer temas rela- cionados com os edifícios do futuro, as cidades inteligentes e as soluções técnicas oferecidas no âmbito do protocolo KNX. • Y Construção, incluindo o cliente. «Isso é fundamental para que o CM M MY CY CMY K