OPINIÃO | CEIIA 17 de um correto dimensionamento da rede de carregamento inteli- gente. Existem e vão surgir imensas oportunidades e desafios que podem contribuir para a sustentabilidade, a competitividade e para o aumento da qualidade e vida. Para isso é fundamental “criar o caminho” e desenvolver um novo modelo de mobilidade elétrica que, de forma estruturada e estratégia, possa ser implementado e origine inovações e oportunidades com valor. Portugal percebeu este caminho! No início desta década foi o primeiro país a lançar, através de um projeto piloto, uma rede de carregamento interoperável a nível nacional, garantindo aos utiliza- dores o acesso em qualquer posto instalado no território. Aliado a esta visão e na tentativa de promover o desenvolvimento de um cluster, outros investimentos na altura foram iniciados. Ainda hoje somos uma referência na área da mobilidade elétrica e possuí- mos uma das maiores taxas de penetração de veículos elétricos. No entanto, após a fase piloto e por indefinição de políticas, seguiu- -se um período de estagnação que desacelerou a evolução e o ajuste tecnológico da rede à procura. Hoje, para voltarmos a ser um país líder e uma referência é imprescindível o desenvolvimento de um novo modelo de mobilidade elétrica que evolua em função do novo contexto dos mercados, da evolução das tecnologias e sempre com desígnio da sustentabilidade, tendo obrigatoriamente como peça central o Utilizador e as suas necessidades atuais e futuras. A evolução e a interligação da “energia”, “telecomunicações”, “infraestruturas”, “sustentabilidade” e o “utilizador” (este último sendo o “epicentro”) são fundamentais para este novo modelo criador de riqueza, modernidade e sustentabilidade. Acredito que nos próximos anos a mobilidade elétrica vai desempenhar um papel importantíssimo nas novas cidades inteligentes e sustentáveis. Portugal, a partir da mobilidade elétrica, tem todas as condições para voltar a ser líder nesta área e contribuir para um planeta sus- tentável, com qualidade de vida e competitivo. Para isso necessita de ter a audácia, a capacidade e visão para desenvolver um modelo para a “nova mobilidade elétrica” partindo do utilizador e com os olhos postos no presente e essencialmente no futuro. •