Sistemas de proteção solar exterior: a sua contribuição para a eficiência energética dos edifícios

Sistemas de ensombramento, também chamados de sistemas de Proteção Solar, é o termo utilizado para identificar um variado número de equipamentos que permitem controlar a quantidade de energia e luz, emitidas pelo sol, que são admitidas pelos edifícios através da sua pele exterior.

Estes sistemas, quando bem calculados e aplicados nas fachadas dos edifícios, permitem realizar ganhos significativos, em termos da energia requerida, quer para aquecimento, quer para arrefecimentos dos espaços interiores. Podem ainda representar ganhos na energia despendida para iluminação, otimizando-se a entrada de luz natural, aumentando o conforto e produtividade.

Sendo a totalidade dos edifícios responsável por cerca de 40% do dispêndio total de energia a nível global, é fácil perceber a influência que os dispositivos de proteção solar podem ter na eficiência energética dos mesmos, bem como a influência ao nível da qualidade de vida e produtividade de quem vive ou trabalha nesses espaços.

Hoje em dia, os sistemas de Proteção Solar Exteriores são pensados de origem no projeto do edifício. A sua variedade e adaptabilidade permitem uma excelente compatibilização à arquitetura do edifício.

A seleção dos referidos sistemas, quando aplicados pelo exterior do edifício, tem de ter em consideração a orientação do mesmo, a tipologia de fachada ou caixilharia, o tipo de vidro a utilizar, a altura do edifício e a sua localização, de modo a definir as cargas de vento incidentes e a influência aerodinâmica, como por exemplo a existência de outros edifícios na proximidade.

A conjugação da Proteção Solar exterior com o vidro considerado dá origem a um fator solar global da fachada que permitirá uma maior eficiência energética e ganhos significativos na energia gasta pelo edifício na sua operação.

Convém referir que os atuais equipamentos podem ser fixos (sem orientação) ou orientáveis. A aplicação de sistemas orientáveis permite, como facilmente se pode perceber, uma maior adaptação do equipamento à variação angular dos raios solares ao longo do dia e da época. Desta forma, torna-se mais efetivo o bloqueio à entrada de energia solar direta e incidente sobre a fachada ou caixilharia.

O comando destes sistemas pode ser manual ou elétrico, sendo que, neste último caso, há a possibilidade de utilizar sistemas de comando eletrónicos que permitem, de forma autónoma a orientação, o fecho ou abertura total dos sistemas. Estes sistemas de comando possuem leitores de luminosidade e de vento que de forma permanente, ao longo do ano, permitem o comando autónomo dos dispositivos sem a intervenção do utilizador. Estes sistemas de comando permitem de modo geral ligarem-se aos sistemas de gestão dos edifícios.

Assim podemos de forma não exaustiva, nomear os sistemas exteriores de Proteção Solar exteriores mais utilizados, dividindo-os em sistemas fixos e moveis:

Sistemas Fixos:

• Sistemas de lâminas horizontais ou verticais (metálicas, vidro ou madeira), paralelas á fachada do edifício ou aplicadas em palas.
• Malhas metálicas, tensionadas ou não, aplicadas e fixadas na fachada do edifício.
• Telas/ Toldos em tecido ou palas metálicas.

Sistemas Móveis:

• Laminas de sombreamento horizontais ou verticais, (metálicas, vidro ou madeira) paralelas à fachada ou em palas.
• Estores de lâminas orientáveis, ou em rolo.
• Telas/Toldos verticais ou de projeção.
• Portadas.

Em suma, devemos perceber que, hoje em dia, a grande maioria ou totalidade dos edifícios são concebidos utilizando sistemas exteriores de Proteção Solar que permitam uma maior eficiência térmica e uma maior qualidade de vida e produtividade a quem tem de viver ou trabalhar nesses espaços.